“As evidências mostram que a RESILIÊNCIA é um processo ativo e adaptativo. Não simplesmente a ausência das respostas patológicas percebidas nos indivíduos mais sensíveis ao estresse”. Eric Nestler, NATURE, Vol 531, S18, 2016.
Lembro-me perfeitamente da sensação que tive ao ler pela primeira vez a frase acima. Pensei: se temos nossas próprias vias neurais de resiliência, com certeza podemos estimulá-las de alguma maneira. A partir de então, vez por outra, reservo meu tempo para estudar sobre o assunto.
A literatura mais consistente estuda veteranos de guerra e compara aqueles indivíduos que desenvolveram estresse pós-traumático com outros que não desenvolveram. Sempre com o objetivo de identificar “aquilo” que havia no cérebro dos indivíduos mais resilientes.
E se você me pergunta, Fabrício, qual a característica bem marcante de um cérebro resiliente? Eu respondo: maiores quantidades de BDNF.
O BDNF é o fator neurotrófico derivado do cérebro e, como o próprio nome sugere, é responsável por estimular a síntese de proteínas essenciais para a saúde sináptica de áreas como o córtex pré-frontal, hipocampo e amigdala.
Explicando, de maneira simplificada, a função de cada uma dessas áreas: córtex pré-frontal está relacionado com julgamento e tomada de decisões, hipocampo é muito bem associado às nossas memórias e a amigdala faz a interação das memórias emocionais e a resposta fisiológica que nosso corpo fornecerá.
Assim, em um cérebro resiliente, o funcionamento adequado destas áreas permite que utilizemos de nossas experiências/memórias (hipocampo) para então julgar/avaliar uma situação (córtex pré-frontal) e assim estressar mais ou menos (amigdala) como as situações que se apresentam na nossa vida diária.
E o que promove a liberação de BDNF? Exercício físico com intensidade (de acordo com a idade e capacidade ), desafios cognitivos (leitura de bons livros) e algumas intervenções nutricionais. O zinco é aquele com maior número de evidências científicas, mas safrão, ômega-3, curcumina também destacam-se na lista, junto com adaptógenos como o ginseng.
Se você leu esse texto até aqui e quer evoluir no entendimento do SNC, te convido a conhecer meus cursos.
Cordialmente,
Prof. Dr. Fabrício Assini
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